Quem somos nós?

 O filme-documentário-ficção-drama americano “Quem somos nós?” nos faz refletir sobre a existência, é óbvio. Utilizando conceitos de física quântica e mecânica quântica desenrola-se o discurso que nos faz pensar sobre a função do pensamento em nosso cotidiano. 

Questões se desenvolvem sobre o conceito de Deus e sobre a construção do que é ou não real na vida de nós humanos.  Percebendo a ciência que na atualidade o vácuo obtém uma dimensão quase suprema, e por sermos simples compostos de carbono e 90% de água, que a matéria é algo por dizer intangível, que nesse sentido velhos paradigmas terão que ser rompidos para que a existência assuma novo lugar. 

Mostra que a realidade é formada pelo pensamento humano e que a experiência é condição da consciência. Que o “mundo”, a vida, é um campo de possibilidades e que os olhos são apenas lentes de um cérebro que por suas limitações, habilidades, ou não, pode enxergar o que lhe é filtrado pela mente.  

Apresenta que o cérebro humano, por meio de suas sinapses, fará conexões variadas a partir das inúmeras experiências vividas pelo consciente, pelas escolhas individuais, e que vícios emocionais serão condutores de outras escolhas, das próximas buscas. Dita que as emoções somos nós e que nós somos as emoções, simplificando emoção é vida. 

A proposta é que se modifique o modo de “olhar” e de construir experiências para que o bioquímico que compõe o ser humano não mais necessite de velhos padrões de acontecimentos e relações, ou seja, que tenha a partir daí a condição de criar novas realidades, para sair do vício.Positivamente, o filme questiona, filosoficamente, que as verdades são relativas, vez que são “permanentes” em cada momento histórico da humanidade. 

Outro ponto de destaque é remeter ao ser humano a responsabilidade para própria condição terrena, para sua sorte ou revez, sem imputar tão somente a um ser superior a capacidade de lançar ou reverter os infortúnios.

O homem deve assim assumir que é o gerador de suas lástimas e venturas a partir da própria construção mental, da qual o pensamento dá corpo à realidade em que vive, e suas escolhas traçam as conseqüências de suas atitudes.

 O ser humano torna-se o Deus do próprio destino, fazendo parte de uma natureza plena, de uma unidade maior, na qual não existe um ser à parte ou afastado de si mesmo, como conceituam várias religiões acerca de Deus.  

Conclui-se que a vida é farta de possibilidades, de probabilidades, de potenciais, e que os condicionamentos, a velhas repetições, é que a tornam medíocre e sofrida. Que quanto mais novas consciências, bem assim experiências, forem adquiridas, tanto mais será possível a resignificação do viver individual e coletivo. Porque o ser humano é um ser que constrói e altera a própria realidade e aquela que o circunda. 

Para os mais céticos, ou quem sabe para os mais crédulos, diria que essa é a tendência da verdade da era em que vivemos, seja pela história ou pelos experimentos que fomos capazes de desenvolver até este século XXI.Resumindo, o mundo tem várias formas de realidade em potencial, até você escolher a que quer. 


Para saber mais sobre o filme: