Aviso importante:

A visualização deste blog fica melhor em computador. Todos os textos (e esboços) postados neste blog são de autoria de Solange Perpin
(Solange Pereira Pinto). Portanto, ao utilizar algum deles cite a fonte. Obrigada!

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Fotografia






















Título: Caminhos
Autora: Solange Pereira
Técnica: Fotografia
Data: 21/junho/2006

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"Quando passei por estas paisagens não imaginava que a partida e o destino seriam sempre diferentes, apesar do mesmo caminho aparente (os caminhos são os mesmos?). Por vezes, claro, por outras, escuro. Assim como minha alma que tonaliza e desbota sem data, sem hora"

Solange Pereira Pinto
Hoje, 25/06/2006

domingo, 18 de junho de 2006

Sou patriota sim, mas...


18 junho, 2006


Enquanto 99% da população brasileira levantam bandeirinhas por causa de bola no gramado, eu prefiro fazer algo mais útil. Ler, ouvir música, dormir, criar. Principalmente, criar e me admirar com a arte.

Poderia até ir à exposição Giorgio Morandi e a Natureza Morta na Itália, mas durante os jogos o CCBB-DF, por exemplo, fecha! Afinal, copa do mundo é o acontecimento mais importante deste país verde e amarelo.

Então, essa foto aí A arte é minha pátria, fragmento da original tirada por minha filha, foi feita no CCBB bem antes da começarem os jogos, no fim de maio, quando nós duas fomos ver os gabirus, as magrinhas...

Na minha opinião, ver a escultura de bronze de Francisco Stockinger curvando-se sob a bola do sol, para quase agarrá-la, isso sim é gol da natureza e do artista.

Diga se não é bem melhor que ver na TV os descamisados (povo brasileiro), os encamisados milionários (jogadores da seleção), os distribuidores de camisas (políticos corruptos e os eleitorais) jogando a bola de um lado para o outro, numa gritaria infernal neste Brasil surdo-mudo-cego?

sábado, 17 de junho de 2006

Poemar





Título: Poemar
Autora: Solange Pereira
Técnica: Aquarela
Data: 17/junho/2006




Poemar

Nas veias o que corre?
Mulher do vento...
submersa
do sal do mar
ao sal da terra
meu peito concha
sozinho
entre algas para te encontrar...

Solange Pereira Pinto

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Perder-se também é caminhar

16 junho, 2006

Hoje fiquei pensando nisso "perder-se também é caminhar...", e na minha falta de humor tantas vezes, irritação noutras.

Bar cheio, papos ora baita, ora eita.

Embora me perder não me deixe angustiada, ter que mostrar caminho me aborrece vez por outra.

Tenho quase chegado à conclusão que prefiro ir sozinha, não gosto de esperar e nem se ser esperada. Mas, não importo que me sigam. Assim como não me incomoda, por um tempo, seguir.

Quem sabe uma vida de monge. No templo. Poderia experimentar.

Minha cabeça que ferve por dentro, transborda de idéias, é muito barulhenta.
Gosto de silêncio. Não tenho também o menor saco para ensinar quem não quer aprender. Essa é outra fonte diária de irritação.

Primeiro, porque não tenho nada a ensinar.
Segundo, se alguém tem algo a ouvir de mim, então OUÇA.
Gosto sim de compartilhar o que penso saber, o que experimentei, o que aprendo pela caminhada. Inclusive falar dos descaminhos.

Mas, ficar levantando que insiste em tropeçar, tenho paciência não.
Não tenho quase força para me levantar das minhas próprias quedas, quem dirá dos outros...

Ah, birra! Essa só suporto a minha...rsss
Gente teimosa e birrenta, ecaaaaaa!

Vejo que todo dia me perco muiiiiiiiiiiiiiito no lazer, na net, no photshop, nas linhas do word, nos mil blogs, e nada de me achar para trabalhar... rsss


Epa!


Aliás, eu trabalho um monte!!! sou altamente produtiva, porém não remunerada!
Reformulando, nada de me achar para o que é obrigação!


Oh, sina!

Perder-se também é caminho, agora tenho que trabalhar para continuar a me perder...

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Verde e vermelho complementares

Título: Cotidiano - Eu no dia verde
Autora: Solange Pereira
Técnica: Fotografia digital manipulada
Data: junho/2006

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Paus e pedras invisíveis

7 junho, 2006



O quebra-quebra no Congresso Nacional, que aconteceu ontem em Brasília, merece reflexão. Se o protesto chegou ao chamado vandalismo, algo há por baixo do tapete. Qual é a sujeira que se esconde?


Independente de concordar ou não com o Movimento de Libertação dos Sem Terra, responsável pelo evento, independente de concordar ou não com vandalismo, ou, ainda, se a causa é justa, tentemos interpretar o discurso que reina neste país.


Afirma-se que os líderes do movimento utilizaram táticas de guerrilha e planejaram com antecedência a invasão à Câmara dos Deputados. Questiono: por acaso a corrupção, o mensalão e a sujeirada toda do colarinho branco não são atos planejados? Não são baseados em estratégia de qual fundo roubar, qual verba desfalcar, qual momento desviar, qual conta depositar?


Se vandalismo é o ato ou efeito de produzir estrago ou destruição de monumentos ou quaisquer bens públicos ou particulares, de atacar coisas belas ou valiosas, com o propósito de arruiná-las, o que dizer do dinheiro público? Não é bem? Então, por analogia, muitos deputados e senadores são vândalos!


Existem os vândalos que mostram a cara e os que não mostram. Questiono, também, se vídeos veiculados na mídia, ou mesmo aqueles apreendidos de “coleções” particulares, servem para incriminar e punir pessoas comuns, por que não servem para parlamentares, juízes e afins?


Dizem também que, na pancadaria concreta de pedras e paus, houve sangue, ferimentos, traumatismo craniano, talvez até morte. Na pancadaria invisível da corrupção há morte de milhões de brasileiros com fome, sem saúde pública, sem educação. Dos paus e pedras invisíveis crianças são mortas diariamente. De ordem de vândalos engravatados há a morte de prefeitos, juízes e outros que “sabem demais”.


Mas dirão que não é luta armada, guerrilha. Sim, não é. As armas são outras. Cada batalha tem seus instrumentos específicos. É claro que a violência explícita chama à atenção, incomoda e amedronta. Mas a violência silenciosa, não seria tão ou mais perniciosa?


Se, hoje, o povo tem medo dos parlamentares corruptos e dos inatuantes, por que esses não temem o povo? Talvez se a pancadaria tivesse alcançado o objetivo de adentrar no “salão de baile”, no parlatório, que vive adiando votações e cujos “representantes do povo” usam os microfones para discursarem para seus pares, num jogo e troca de figurinhas, como se não tivessem mais o que fazer, eles tivessem medo da democracia.


É engraçado ouvir o que diziam os deputados e senadores no plenário enquanto o “pau comia” do lado de fora. A frase “atentado à democracia” foi diversas vezes repetida. Se houvesse realmente esse propalado sistema político cujas ações atendem aos interesses populares, não haveria motivo para entrada forçada na casa do povo.


No fim das contas nos resta saber quem quebra mais, quais prejuízos são maiores neste país continental de latifundiários e sem-terra. Um alerta: tome cuidado com as pedras e os paus invisíveis que podem acertar a sua cabeça a qualquer momento, ainda que você não sinta a dor exatamente na hora em que a pancada acontece. Mas, que o quebra-quebra de ontem foi quase uma catarse nacional, isso foi.

Eu, acompanhada

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