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(Solange Pereira Pinto). Portanto, ao utilizar algum deles cite a fonte. Obrigada!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A dona da casa


Para Noll e Rosa
Por Solange Pereira Pinto, 9.12.13

Entre o encanto e a frustração, sou eu mesma vivendo! De nota em nota, de frase a enredo, me faço. Com muito verde e flores multicoloridas, converto em aguadas de aquarela o meu último chamado mítico.
No brilho da garrafa estão as lembranças que você escolheu, dizem. E lá estava, em reflexos distorcidos, a imagem de um bosque salpicado de mini-buquês e lamparinas empinadas às estrelas como vaga-lumes saltitantes. E com a sutileza do clima de campo, a calma e o vazio do silêncio se estendiam até abraçar o sol de mim num repente que acordou minha alma horizonte.
Lembro-me dos referenciais orientais que primam pela delicadeza. Recolho da imaginação breves jardineiras encaixadas nos cantos como quem celebrou a iniciação dos seus sentidos quase adormecidos dos desejos alheios. Era exatamente o que a dona da casa queria: situar-se em um momento inesquecível!
Revejo o bosque das cerejeiras. Aquele mesmo que tantas vezes me acolhe de relance no espelho enevoado dos acontecimentos. Somente agora, sem o tumulto mental das emoções atrapalhadas e longe da cegueira instantânea que me remeteu nublada, em segundos, à sombra paralisante, encontro – em um ambiente tão especial – o cenário perfeito a formular a pergunta da vida: onde está a ótima ideia de todos os detalhes?
“É a Casa Petra”, responde a loucura mais sã, que se refez a partir dos movimentos circenses: um desejo! – “Gosto de desconstruir e construir novamente”, vem rodopiando de mãos dadas com o eco. Na praia, na fazenda... A sensação que procuro é essa: a sutileza das coisas para recriar as relações.


Eu, acompanhada

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