Tem gente que toma a gente de jeito.
O nome se torna imã da mente
e o pensamento refém do sujeito.
O silêncio cede vaga aos batimentos
e a ausência o medo do movimento.
O relógio repete a última visão
e a espera o compasso da exceção.
A ideia fixa traz o tema
e os fantasmas os argumentos.
O dia se ocupa desse vão
e a noite tece o véu do não.
A pele tatua o enigma
e a língua mastiga o tormento.
Tem gente que toma a gente de jeito.
Não tem jeito não.
(Solange Pereira Pinto, sollpp@gmail.com)
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