Oh,
prezado leitor intrépido,
Que venha a ti, com indignação exaltada, a carta
que traz notícias ferventes dos quatro cantos da terra, onde o calor impera,
como um monarca insensato, lançando seus raios inclementes em uma dança
desenfreada.
Deixe-me expressar, com lamentos embebidos em tinta
arcaica, a raiva que inflama meu coração como brasas antigas. O calor absurdo,
como um cavaleiro desvairado, cavalga sem rédeas sobre nossas terras, lançando
seu calor descomedido sobre folhas e criaturas, como se o mundo fosse uma forja
celestial sem freios!
Ó, o desequilíbrio nefasto que se instala sobre o
reino da natureza! De um lado, o calor impiedoso que derrete até mesmo a
paciência do mais estoico dos homens; do outro, um frio que gela nossas
esperanças como um espectro sombrio. Uma comédia cósmica, onde o termômetro
oscila como o capricho de deuses irados.
Enquanto as aves lamentam seus ninhos ressecados, e
as árvores suspiram suas folhas caídas, o homem, insensato, prossegue em sua
jornada, tropeçando entre suores e tremedeiras, sem perceber que sua morada
está à beira de um colapso térmico.
O clima, meu caro amigo, é como uma narrativa sem
rumo, onde o calor e o frio se alternam, causando um pandemônio meteorológico
digno dos contos épicos.
Entretanto, não vos temais, pois
nesta epístola suada, mesmo na tempestade de lamentos, buscaremos soluções como
antídoto para a fúria climática. Que a nossa indignação se converta em uma
narrativa otimista, onde, com criatividade, enfrentaremos a face ardente do
calor descontrolado e desvendaremos as artimanhas da Mãe Natureza.
Em meio a esse embate cômico entre fogo e gelo, que
possamos encontrar a sabedoria de agir diante das adversidades. Pois, nessa tragédia
do desequilíbrio ambiental, somente a ação efetiva pode nos salvar do desespero
iminente.
Assim, sugiro que, ao invés de apenas lamuriarmos diante
da face ardente do calor descontrolado, busquemos alternativas sustentáveis que
possam mitigar o impacto do aquecimento global. Talvez, num toque de humor,
possamos convencer o Sol a dar uma trégua, sugerindo-lhe umas férias cósmicas
ou um merecido descanso na sua jornada incansável de sustentar um sistema com
um planeta azul enlouquecido na terceira posição, prestes a explodir perante os
comandos daqueles que o gerem e se tornar poeira no espaço.
Desejo que a nossa saga ambiental se transforme em
uma peça na Broadway da conscientização, na qual as ações, como reduzir
emissões de carbono e adotar práticas mais sustentáveis, se tornem os
protagonistas. Desse jeito, enfrentaremos não apenas o calor descontrolado, mas
também o frio glacial da inércia, o que pensas disso?
Com ardor e apesar das baixas temperaturas de
esperança, despeço-me confinada, suada e confiante.
Até mais ver.
A escritora derretida.
P.S.: Que esta carta, como um pergaminho acalorado e
desesperado, encontre-te preparado para enfrentar as estações extremas com um
sorriso nos lábios, mesmo que a terra trema sob o peso de seu calor absurdo e
frieza glacial.
3 comentários:
Maravilhoso,Solange!!!
O retrato da nossa situação climática neste planeta tão destratado que mandava bilhetes mas se canso da falta de respostas e agora
…e agora pinta quadros pra ver se acordamos.
Christina
Verdade, Chris!! Obrigada pela visita! Bjos
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