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A visualização deste blog fica melhor em computador. Todos os textos (e esboços) postados neste blog são de autoria de Solange Perpin
(Solange Pereira Pinto). Portanto, ao utilizar algum deles cite a fonte. Obrigada!

sábado, 30 de agosto de 2025

Verissimo,


Encontrei com você várias vezes. Na FLIP, no Sempre um Papo, em feiras literárias. Numa dessas tiramos foto e, noutra, lhe entrevistei rapidamente. Minha pergunta longa trouxe sua resposta exata e curta. Perguntei o que você achava sobre a influência da internet na escrita, com tantas abreviações, letras engolidas, emojis e outros símbolos. Você me olhou e disse: o texto comunica? A função é comunicar! Sim, eu concordo. Ali você derrubou tabus. Essa verdade, tão veríssima, é incontestável. Principalmente, vinda de um escritor tão popular, com breves textos mensageiros certeiros de uma infinidade de fatos diários, ordinários ou não.

Você ensinou muito sobre liberdade, talvez por não ter a prisão dos dogmas universitários e das “veritas” docentes e teóricas. Você próprio era o superlativo de “verus” (verdadeiro), Verissimus, com a naturalidade e a espontaneidade de ser livre. Ensinou que fazia crônica porque podia escrever o que quisesse e chamar de crônica. Um pequeno conto, um artigo, um comentário político ou futebolístico. Tudo crônica. É vero! A crônica é tão livre quanto você.

Você, que nunca foi organizado na sua rotina, não tinha hora ou ritual para escrever. Apenas o tempo. E, mais do que tudo, a sua capacidade silenciosa de observar e traduzir em palavras seu pensamento. Você captava o humano no dia a dia, sem rotina. Não se guiava pelos cânones: não leu muito Machado de Assis, nem mergulhou nos clássicos. Gostava mesmo era dos cronistas brasileiros. Gostava do Borges e do García Márquez. Nas salas de aula, quando eu lecionava Leitura e Produção de Textos para os alunos de jornalismo, durante anos usei muitos recortes de jornais, juntados por minha mãe, com suas breves crônicas ilustradas por uma caricatura do seu rosto feita com nanquim. Ah, você gostava de quadrinhos e começou a desenhar As Cobras, com linguagem subliminar durante a ditadura; às vezes duvidava se os leitores entendiam.

Você não fez faculdade, tampouco mestrado ou doutorado; não seguiu as exigências formais da sociedade — e, ainda assim, ensinou tanto e foi premiado na arte da escrita, que somente aos 30 anos entendeu ser uma vocação. Antes, experimentou ser músico e comerciante. O seu encantamento pelo jazz — esse gênero também tão livre, que integra improvisos, espontaneidade e momento —, junto do seu saxofone, virou hobby. Sua vida sempre ditada por independência. Certo dia disse que hoje teria escolhido a música e se aprofundado mais nela do que na escrita. Deixaria o seu silêncio da fala e a cabeça criativa de pensamentos e observações calar o verbo?



Sua preferência por escrever a falar. Seu jeito lacônico. Seu hábito de dormir tarde. As pausas. Começar a trabalhar após a sesta do almoço. Sua parada para ver jornal à noite. Ah, essa autonomia de lidar com o tempo — esse mesmo tempo que nos controla, como você dizia. Sua introversão não lhe impedia de ser gentil quando entrevistado ou solicitado para uma fotografia. Ali estava você disponível. Sempre. Ainda que desconfortável. Sua escrita foi interrompida por um grave AVC em 2021, em plena pandemia. Sua comunicação com o mundo foi afetada.  Seu último texto ficou inacabado. As palavras se calaram. O saxofone emudeceu. Depois, veio também o Parkinson.

Você, ateu, com pai agnóstico e mãe católica, esteve próximo da morte algumas vezes, e isso não foi uma questão, nem lhe trouxe visões ou sabedorias para além daquelas que você já guardava: pensar sobre as coisas, refletir. Novamente, gostava mais de escrever do que falar.

Você, que um dia quis ser aviador, sobrevoava tão bem o cotidiano aterrissando pontualmente - por décadas -  verdades sobre o Brasil em suas colunas de jornais. E, por algum tempo, fixou-se na ideia de ser arquiteto, contudo você era mesmo um artista. Sem régua, sem compasso, sem formalidades. A música lhe dava mais prazer do que escrever. Você dizia brincar de ser saxofonista. Infelizmente, a sobrevivência financeira não admite certos prazeres. Brincar e se divertir no ofício parecem afrontas.

Ah, por fim, queria que soubesse que, se eu tivesse um filho, gostaria que ele se chamasse Luís Fernando. Estou aqui escrevendo esta carta-crônica, pois hoje você nos deixou. Obrigada por ter existido exatamente do seu jeito peculiar e ter sido famoso dentro da informalidade que você acreditava e propagava. A vida é uma grande piada — e, como você bem sabia, muitas vezes de mau gosto.



***

 

O gigolô das palavras

Por Luís Fernando Veríssimo

 

Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava um gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.

Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela gravidade sombria que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação total pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele sozinho não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas — isto eu disse — vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo à custa delas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo de roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.


sábado, 18 de novembro de 2023

Sem calor eu nada seria, mas com muito calor eu nada serei




Imagem IA

Em um  vespertinar tórrido, onde o sol, inclemente, derramava seus raios abrasadores sobre a terra ressequida, deparei-me com a angústia do calor que, como um amante ciumento, envolvia tudo em sua ardente teia.

Sob o manto escaldante do astro rei, senti-me aprisionada, uma marionete do calor que dançava em meu entorno.

Oh, como desejava escapar dessa sinfonia de calor opressor! Minha pele, testemunha ora silenciosa, ora rachante, ansiava pela carícia fresca de uma brisa que teimava em se esconder.

O ar, espesso e impregnado de calor, prendia-se às minhas narinas como um sussurro sufocante, roubando-me a respiração, que tropeçava nas ranhuras secas de uma garganta tossinante.

Num devaneio, busquei refúgio sob a sombra fugaz de uma árvore quase ressequida, suas folhas murchas pingavam lamentos testemunhando a agonia da terra escaldante.

Ah, como desejei que uma tempestade revigorante descesse dos céus, lavando o mundo com suas lágrimas celestiais, e que eu, como uma náufraga da aridez, pudesse me banhar em sua salvação refrescante. Clamei aos ares!

Mas, ó leitor, permita-me partilhar contigo o paradoxo que permeia meu ser neste instante de sufoco: ainda que o calor me oprima, sinto-me uma devota da aprendizagem. Pois, sem calor, eu seria nada, talvez uma sombra desprovida de experiência, um vazio frio em meio à monotonia.

Ao que parece é o calor quem transforma farinha em bolo, água em chá, praia em agito, piscina em festa, cachoeira em refúgio. Não é só ardência cozinhando o cérebro.

É neste calor picante que a vida floresce, desafiando a natureza implacável. As risadas nervosas ecoam como sinos festivos em meio ao deserto escaldante, e a alegria estressada, como uma fênix ressurgindo das cinzas, ergue-se das dobras quentes do cotidiano. Pois, com muito fogo no ar, eu sou tudo – uma sinfonia vibrante derretente de risos e calor humano estendido perto do ventilador.

Porque, convenhamos, nada melhor do que suar em busca da iluminação pessoal, como se o Universo decidisse nos dar uma sauna grátis, porque sim, merecemos melhorar como seres humanos, né? Que a temperatura ardente seja nosso mestre zen, ensinando-nos a arte da paciência enquanto o suor escorre como uma obra de arte moderna.

Assim, deixo esta reflexão, ó leitor ansioso: em meio à fornalha da vida, é no calor que descobrimos nossa verdadeira essência, pois tudo derrete e resta o sumo. Só. Pó.



Alerta vermelho: onda de calor no Brasil

 


Oh, prezado leitor intrépido,

Que venha a ti, com indignação exaltada, a carta que traz notícias ferventes dos quatro cantos da terra, onde o calor impera, como um monarca insensato, lançando seus raios inclementes em uma dança desenfreada.

Deixe-me expressar, com lamentos embebidos em tinta arcaica, a raiva que inflama meu coração como brasas antigas. O calor absurdo, como um cavaleiro desvairado, cavalga sem rédeas sobre nossas terras, lançando seu calor descomedido sobre folhas e criaturas, como se o mundo fosse uma forja celestial sem freios!

Ó, o desequilíbrio nefasto que se instala sobre o reino da natureza! De um lado, o calor impiedoso que derrete até mesmo a paciência do mais estoico dos homens; do outro, um frio que gela nossas esperanças como um espectro sombrio. Uma comédia cósmica, onde o termômetro oscila como o capricho de deuses irados.

Enquanto as aves lamentam seus ninhos ressecados, e as árvores suspiram suas folhas caídas, o homem, insensato, prossegue em sua jornada, tropeçando entre suores e tremedeiras, sem perceber que sua morada está à beira de um colapso térmico.

O clima, meu caro amigo, é como uma narrativa sem rumo, onde o calor e o frio se alternam, causando um pandemônio meteorológico digno dos contos épicos.

Entretanto, não vos temais, pois nesta epístola suada, mesmo na tempestade de lamentos, buscaremos soluções como antídoto para a fúria climática. Que a nossa indignação se converta em uma narrativa otimista, onde, com criatividade, enfrentaremos a face ardente do calor descontrolado e desvendaremos as artimanhas da Mãe Natureza.

Em meio a esse embate cômico entre fogo e gelo, que possamos encontrar a sabedoria de agir diante das adversidades. Pois, nessa tragédia do desequilíbrio ambiental, somente a ação efetiva pode nos salvar do desespero iminente.

Assim, sugiro que, ao invés de apenas lamuriarmos diante da face ardente do calor descontrolado, busquemos alternativas sustentáveis que possam mitigar o impacto do aquecimento global. Talvez, num toque de humor, possamos convencer o Sol a dar uma trégua, sugerindo-lhe umas férias cósmicas ou um merecido descanso na sua jornada incansável de sustentar um sistema com um planeta azul enlouquecido na terceira posição, prestes a explodir perante os comandos daqueles que o gerem e se tornar poeira no espaço.

Desejo que a nossa saga ambiental se transforme em uma peça na Broadway da conscientização, na qual as ações, como reduzir emissões de carbono e adotar práticas mais sustentáveis, se tornem os protagonistas. Desse jeito, enfrentaremos não apenas o calor descontrolado, mas também o frio glacial da inércia, o que pensas disso?

Com ardor e apesar das baixas temperaturas de esperança, despeço-me confinada, suada e confiante.

Até mais ver.

A escritora derretida.

P.S.: Que esta carta, como um pergaminho acalorado e desesperado, encontre-te preparado para enfrentar as estações extremas com um sorriso nos lábios, mesmo que a terra trema sob o peso de seu calor absurdo e frieza glacial.

sábado, 6 de novembro de 2021

Esboço de ideia - Autobiografia de uma lamparina

 


 

Quando nasci, precisei de muito gás para começar a dar meus primeiros passos, quero dizer minhas primeiras chamas de vida. Lentamente, eu apagava e acendia, apagava e acendia, sempre precisando de alguém para aumentar e diminuir o gás que me motivava a ir em frente.

Certo, dia, pendurada em uma rua antiga, de pedras, na época das cavalarias, fiquei no meu poste olhando as estrelas. Minha chama estava bem alta e ardente naquela ocasião.

De repente, um moço, alvo e sombrio ao mesmo tempo, fitou em minhas labaredas e seu rosto se iluminou. Foi quando acendi minha primeira paixão. Fui notada, enfim, no auge dos meus 18 anos. Mas, ele passou e fiquei meio quebrada, trincada de dor de amor. Outros passantes, aqui e acolá, brilhavam os olhos diante de mim. Por poucos dias, às vezes meses. Nada muito longo é um fato.

Até que um dia houve uma mudança drástica e inúmeras luzes nos substituíram. Eu estava velha. Fora de moda. Ninguém mais precisava de mim ou me queria. O gás já não dava conta de motivar minha chama. Meu fogo já não ardia. Estava virando mero depósito de cinzas. Apagada.

Senti as rugas de minhas rachaduras cada vez mais profundas, e eu cada vez mais fosca. Uma lamparina jogada num canto. Iria um dia para um museu? Alguém me resgataria do fundo daquele baú de tralhas? O que o destino me reservava? 

terça-feira, 8 de junho de 2021

Época do check list e as “listas” da sociedade

    


 

No mundo contemporâneo temos listas e listas de coisas a fazer. A lista das beldades do mundo, a lista para se ter um corpo perfeito, a lista do cabelo mágico, a lista dos profissionais bem-sucedidos, a lista de países para conhecer antes de morrer, a lista dos livros imprescindíveis, a lista dos alimentos e vitaminas para uma saúde ideal, a lista dos principais influenciadores digitais, enfim, a lista do capitalismo e da época de consumo.

Nada contra as listas de lembretes que fazemos semanalmente para não esquecer as tarefas. Mas o problema está nas listas ilusórias, idealizadas e aprisionadoras que nos “vendem” de tempos em tempos. Essa quantidade de “listas” nos faz querer seguir “estilos de vida e modelos de consumo” que em grande parte das vezes não combina com nosso jeito de ser ou valores próprios. Ainda assim nos sentimos na obrigação de “seguir” e, pior, “cumprir” as listas.

Assim, vamos vivendo de check list, primeiramente tentando cumprir as listas dos pais, depois vivemos na ansiedade de cumprir as listas “impostas” pela cultura e sociedade em que vivemos.

Um exemplo disso, que faz muitos jovens entrarem em alta ansiedade e depressão, com profundos sentimentos de inadequação, outsider (estranho), loser (perdedor), fracassado, imprestável, inútil, entre outros adjetivos pejorativos, são as tais “listas” daquilo que é tido por desejável, imprescindível, importante e necessário seguirmos para sermos “alguém”! Ou seja, um ser humano “que valha a pena” existir. Fora o “top tem” (os dez mais), o restante (resto) é ninguém, pois atualmente se mede “o valor” do indivíduo pelo check list e para “nada serve” quem não tem um troféu, uma capa de revista, uma medalha ou um reconhecimento xyz.

Nessa onda de listas, muitas pessoas se distanciam da própria essência, desaparecem de si mesmas, entram no abismo e perdem até a vida, pois “perdem o respeito da sociedade”. “Você viu? O filho de fulano não virou ninguém”! “Tanto investimento e escola cara para nada!”. “Cicraninha tão inteligente quer ser musicista, coitada da mãe dela”. “E o sobrinho da vizinha que já tem 40 anos e ainda mora com os pais, um problemático!”. “Ah, pior a prima dele que está na quinta faculdade e não sabe o que quer da vida, uma folgada”. Etc. etc. etc. Pessoas que não cumprem listas são a escória social; desprezíveis.

O estímulo para entrar em listas é amplamente divulgado nas redes sociais, noticiários e mídia geral. Por exemplo, a revista Forbes 30 Under 30 (em português: Forbes 30 abaixo de 30) “é um conjunto de listas emitidas anualmente, desde 2011, pela revista Forbes e algumas de suas edições regionais. As listas americanas reconhecem seiscentas personalidades, com trinta selecionadas em vinte categorias. Ásia e Europa também têm dez categorias, totalizando trezentas, enquanto a África tem uma lista única de trinta pessoas. A Forbes organiza conferências associadas e uma seção do site chamada 30 Under 30. Em 2016, as indicações para a lista haviam atingido mais de 15 mil, com os editores da Forbes selecionando trinta vencedores para cada uma das vinte categorias”.

The Washington Post relatou que o canal visa fornecer "programação focada na geração milenar aos muitos consumidores influentes da revista", apesar de ter seus críticos inclusive para o sub-reconhecimento de jovens minorias raciais e mulheres. The Root observou que 29 dos 30 jornalistas homenageados na lista de mídia inaugural em 2011 eram brancos, e nenhum preto ou latino. Elle África do Sul observou o desequilíbrio de gênero nas listas de 2014, perguntando: "Onde estão as mulheres?" Poynter relatou que a lista de mídia de 2015 tinha dezoito mulheres, a maior dos cinco anos de história da lista.

O que tudo isso significa? Existem listas mostrando quem são os bem-sucedidos, os milionários, antes dos 30 anos! Como se fosse o “comum” ou fácil chegar nessa posição ou para todos independentemente de seus contextos de vida ou que isso seja de fato relevante à humanidade e a nossa espécie sapiens. Ser rico pode ser meta, ser famoso pode ser meta, ser culto pode ser meta, mas gerar modelos a serem seguidos faz parte de uma distorção da realidade. Isso gera a ilusão de um caminho “certo” a percorrer, um resultado a obter, que gera pressão, que gera ansiedade, que gera frustração, que gera ... O mal do século XXI: depressão e sentimentos de menos valia.

 

Portanto, você precisa saber quais “listas” você está se obrigando a cumprir e o motivo de segui-las. Pergunte-se quando foi que se convenceu de que esse era o caminho; quando foi que a lista X ou a lista Y entraram na sua vida e por que ainda se apega a elas. Olhe para a sua lista de pendências atuais e perceba seu “check list”. Recorde-se em que topo de lista gostaria de estar quando adolescente ou jovem adulto. E, por fim, de quais listas já conseguiu se livrar? 

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Meus cantos 17 - Versinhos de quarentena



"Subo e desço suas pautas

Paf paf paf dia e noite

Faço dos degraus melodia”







Notinha: Eu criei o projeto rotina poética com o objetivo de encontrar versinhos pelos cantos do meu lar e encantar os meus dias de quarentena sem sair de casa. os versinhos livres são postados diariamente no Instagram do meu ateliê @atocomtexto  


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terça-feira, 23 de junho de 2020

Meus cantos 16 - Versinhos de quarentena


 Numa perna só
Sustenta a palha
Dança a jardineira

Numa perna só
Ergue o pontapé
Apoia o chapéu

Numa perna só
O espantalho
Me acorda e
Me faz sorrir”



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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Meus cantos 15 - Versinhos de quarentena






“Não abriu a torneira

Estava inundada de céu”





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domingo, 21 de junho de 2020

Meus cantos 14 - Versinhos de quarentena


"O ombrelone evita o sol

as árvores o camuflam.


os pássaros lhe bicam o brilho

o céu o liberta e expande raios.


a moça lhe observa entre grades
sem luz ela certamente desistiria“




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sábado, 20 de junho de 2020

Meus cantos 13 - Versinhos de quarentena




“Dentes de ferro

Garganta azul

Devora o manto

Me engole nu”








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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Meus cantos 12 - Versinhos de quarentena

 



“Acima vejo telhas

Em frente janelas

Respiro d'ma tarde

Rodando manivelas”







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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Meus cantos 11 - Versinhos de quarentena

 



“Abro porta vejo a mureta

Por debaixo dela um vão

Imaginava haver segredo

De quem pratica ilusão.” 






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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Meus cantos 10 - Versinho de quarentena

“Um Bolo de fubá

Um Cheiro de café
Aquecem a manhã
Biscoitos de brincar
Me fazem imaginar

Cachinhos dourados
Chapeuzinho vermelho
A bruxa de João e Maria
Outras Histórias a contar

O relógio me aponta
Agenda a cumprir
Desperta a menina
A Infância foi dormir”

Por @solangeperpin



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terça-feira, 16 de junho de 2020

Meus cantos 9 - Versinhos de quarentena




 “Aninho em flores

Enfronho os sonhos

Perfumo as dores

Levanto os ombros”



Por @solangeperpin







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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Meus cantos 8 - Versinhos de quarentena




“Na vida, 

Foi minha mãe quem me ensinou a ralar. 

Nunca temi o esforço, 

mas sempre tive medo de me cortar”


Por @solangeperpin






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domingo, 14 de junho de 2020

Meus cantos 7 - Versinhos de quarentena



"Nos cantos do lar encontro inspiração
No encanto das palavras descubro forças
No incômodo de mim me desencontro"


Por @solangeperpin








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sábado, 13 de junho de 2020

Meus cantos 6 - Versinhos de quarentena


"Somos pensamentos, sensações, sentimentos e emoções
Vestindo-me de azul reinam realidades em  fantasias"


Por @solangeperpin








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Eu, acompanhada

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